O último obstáculo para consolidar o crescimento da economia, segundo Tebet

A ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), afirmou a CartaCapital nesta quinta-feira 22 que a redução da taxa básica de juros é o ingrediente que falta para a economia brasileira consolidar sua trajetória de crescimento.

A crítica ao nível da Selic vem na esteira da ofensiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra o Banco Central. Mais cedo, o petista voltou a contestar a diretoria da autoridade monetária por manter a taxa em 13,75% ao ano, pela sétima vez consecutiva.

“Temos todas as condições macroeconômicas para crescer. Só falta agora cairem os juros, porque ninguém quer investir com os juros altos”, disse Tebet, ressaltando que as diretrizes apresentadas pelo governo no novo arcabouço fiscal têm “levado otimismo ao mercado”.

A ministra ainda destacou esperar o endosso da Câmara às alterações promovidas no marco fiscal pelos senadores.

“O arcabouço enviado pelo governo é melhor, porque o teto de gastos já estava furado, mas também está mostrando que o governo tem comprometimento com a política fiscal. Tanto que nós estamos vendo os sinais positivos do mercado.”

Uma das mudanças incorporadas ao substitutivo do senador Omar Aziz (PSD) permitirá ao governo viabilizar um espaço fiscal de 32 bilhões de reais, destinado ao lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento, o novo PAC.

“Estamos atuando com três pernas importantes para o Brasil voltar a crescer: responsabilidade para controlar os gastos e investir na agenda social, aprovar a Reforma Tributária e atrair investimentos públicos e privados”, acrescentou Tebet.

A ministra desembarcou na manhã desta quinta-feira em Aracaju (SE) para participar da plenária estadual do PPA Participativo. Ela estava acompanhada dos ministros Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência), Silvio Almeida (Direitos Humanos) e Waldez Góes (Desenvolvimento Regional).

Durante sua passagem pela capital sergipana, Tebet ainda agradeceu ao Nordeste pelo papel decisivo na disputa presidencial de 2022.

Tradicional reduto petista, a região depositou mais de 32 milhões de votos em Lula no segundo turno contra Jair Bolsonaro.

“Aliás, eu gostaria de fazer uma deferência ao Nordeste. Muito obrigado por ter salvado o Brasil da autocracia, da ferida aberta de autoritarismo. Quem salvou o País foram o Nordeste e as mulheres brasileiras.”

Fonte: Carta Capital

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