Senadores se reúnem com ministro da Fazenda para debater ajuste fiscal

senadoO ministro da Fazenda, Joaquim Levy, estava reunido nesta manhã com senadores para discutir as medidas de ajuste fiscal tomadas pelo governo com o objetivo de cumprir a meta de superávit primário de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015.

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) disse a jornalistas, ao chegar no Ministério da Fazenda, que acreditava que também seria discutida a questão da renegociação das dívidas de Estados e municípios com a União. Ela ressaltou, porém, que foi convidada para o encontro na manhã da véspera, antes de a Câmara dos Deputados ter aprovado projeto de lei sobre o tema.

“Há um consenso entre todos de que tem que haver o ajuste fiscal. O problema é a gente definir onde deverá acontecer o ajuste fiscal. Aí não é fácil porque enquanto a gente debate uma medida para economizar, imediatamente o Congresso aprova outra medida que amplia os gastos”, afirmou.

O projeto aprovado, que ainda precisa ser votado no Senado, dá um prazo de 30 dias para a União assinar com os Estados e municípios os aditivos contratuais, independentemente de regulamentação. O prazo contará a partir da data da manifestação do devedor, protocolada no Ministério da Fazenda.

Nas últimas semanas, Levy intensificou o contato com parlamentares para expor a importância do ajuste fiscal na busca da meta do superávit primário, após um déficit de 0,63 por cento no ano passado. As medidas, que enfrentam resistência dentro do governo e na base aliada do Executivo, devem reforçar um cenário restritivo no curto prazo, em um ambiente já marcado por esfriamento econômico.

Questionado na portaria do ministério, o senador Delcídio Amaral (PT-MS) também disse acreditar que a questão da dívida dos Estados seria abordada no encontro.

“Eu acho que naturalmente vai ser tratado até pelo que aconteceu ontem, a questão do indexador”, disse ele.

“Acho que a pauta federativa é uma pauta importante também … aquela pauta do ICMS que começou com a guerra dos portos, com comércio eletrônico, acho que ela vai prosseguir. E o que aconteceu ontem reitera isso, reitera essa necessidade, os Estados estão em uma situação muito difícil”, completou o senador.

Fonte: Reuters

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