A vitória de Trump sela o fim da globalização

A vitória de Trump representa, numa escala mais ampla, o fim da globalização, tal como a conhecemos nos últimos trinta anos.

Ela se junta ao chamado Brexit — a saída do Reino Unido da União Europeia.

Se a globalização se iniciou nos Estados Unidos de Reagan e no Reino Unido de Thatcher, é exatamente nestes dois pólos do poder econômico, político e militar que ela se despede.

Voltam à cena nacionalismo, protecionismo e um rígido controle de imigração.

É como se as potências tivessem se cansado de seus imigrantes. Passaram a ver neles obstáculos à sua retomada econômica.

Acrescente-se aí a questão do terrorismo. Nestes dias de hoje, imigrantes se tornaram suspeitos preferenciais de terror, seja nos Estados Unidos, seja no Reino Unido.

São, por tudo isso, amplamente indesejaveis.

Tudo isso foi dar em Trump, nos Estados Unidos, e no Brexit, na Inglaterra.

Ainda é cedo para falar nas consequências para o Brasil. Um baque nas exportações, que tanto contribuíram para o crescimento do país nas últimas décadas, é previsível.

Na nova ordem, voltaremos presumivelmente à condição de coadjuvantes que sempre nos coube — excetuados aí os anos de Lula, em que a voz do Brasil foi ouvida como nunca antes.

O certo é que o sonho de um mundo globalizado, quase fraternal, ruiu espetacularmente com a vitória de Trump.

Fonte: DCM

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